segunda-feira, 22 de abril de 2019

Feminismo, Machismo e Patriarcalismo.

Gostei do tom que Elaine G. Neuenfeldt encerrou seu texto o Diálogo entre a leitura popular e a leitura feminista da Bíblia, e da perspectiva de quebra de paradigmas, citações como “... um método de releitura bíblica com significado político e social, que tem com ponto de partida a experiência cotidiana e plural de pessoas marginalizadas, de homens, mulheres e crianças empobrecidas,...”, bem como também quando se referiu ao propósito da metodologia popular de ler e re-ler a bíblia “... é de que as pessoas vão descobrindo sua realidade, vão desvendando a vida na usas relações de poder e se situando nesse contexto...”.  Nestas citações me parece que a escritora não tem motivações pessoais ou sugestivas.  Toda via quando a algumas citações é preciso ser mais critico e assumir posicionamentos. Acredito que pode haver acadêmicos com perspectivas populares, e que podem rejeitar o envolvimento no academismo, pois é da comunidade que vem o acadêmico, acredito que a fala não pode assumir um caráter geral. Neste sentido também percebo que devemos ter cuidado com o ambiente informal, para não achamos com sendo os baluartes da sabedoria, muitos desses ambientes suscitaram revoluções, não tão saldáveis.   Há ambientes saudáveis nas academias, bem como, nas comunidades, por mais que os ambientes informais sejam mais humanos, mas acredito que pode haver inclusões nas academias também. Tenho muito cautela para não ser extremistas, acredito que é ai que reside o problema, o extremismo.  Muitas vezes me percebo caminhado nesse caminho. No texto, há exemplos que contribuem e muito para um caminhar mais cauteloso, pois estimula a criação de possibilidades para dialogo entre as partes. Outra cautela, feminismo não é feminino; machismo não masculino, tão pouco patriarcal é machismo, concordo que pode ter havido patriarcas machistas, mas não posso concorda que patriarca e sinônimo de machismo. Também essas expressões são modernas. Como posso olhar para o contexto passado com meu olhar moderno?  Se eu olho para o passado como o olhar sugestionado, de hoje, vou enxergar todas as nomenclaturas atuais presente. Quem disse que as mulheres antigas se sentiam oprimidas, reprimidas e marginalizadas. O fato de que a bíblia contém diversas citações com participação da mulher, e estas na sua maioria foram escritas por homens, acredito que isso é  prova que a sociedade patriarcal não era machista, mas uma sociedade governada por homens, sendo que alguns deles se posicionaram excluindo, quem assim quiseram, pobres, mulheres e gentis. E o fato da palavra não referir em muitas vezes a mulher não vejo como exclusão, e sim, citações intrínseca.   Daí nós não podemos levantar bandeiras machista, tão pouco, feministas. Devemos sim olhar com os “óculos” atual para o contexto bíblico, para não dizer que patriarcalismo é posições machista, entendo que esse olhar é moderno, e não contextualizado. Entendo também que o machismo gerou o feminismo. Então como um pode ser melhor opção que a outra? Não acredito que “todo” governo masculino é opressor, e nem que “todo” governo feminino é libertador. Em ambos os governo a rebelião é, e sempre será, rejeitada pela palavra, pois toda rejeição de autoridade é pecado, mesmo que seja uma mulher ou um homem no poder.  O que não posso é falar que uma é boa ou má, em relação à outra, o que posso dizer e que há homens corruptos e mulheres também! O que fica claro neste material de Elaine G. Neuenfeldt , em ambientes saudáveis se gera harmonia pacifica, para boa convivência e entendimentos de qual o papel de homens e de mulheres na sociedade bem como na comunidade cristã, permita ser redundante. Homem na função de homem, e mulher na função de mulher, mulher não é homem, nem homem é mulher. Isto pode acontecer em uma academia, como na comunidade, por mulheres não feministas e por homens não machistas. Entretanto que cada uma das partes deve procurar o bem estar equilíbrio entre ambas as parte. Sem um querer a função do outro, mas cada um no seu devido espaço.