domingo, 14 de julho de 2013

O Valor do Velório

Se tivesse a escolha entre participar de uma festa de aniversário, que comemora a vida, ou passar horas num velório lamentando a morte, qual você escolheria?
O velório e o cemitério estão entre os lugares mais tristes na experiência humana. É normal não querer nos despedir de pessoas queridas e importantes em nossas vidas. Apesar da dificuldade que enfrentamos e da tristeza que sentimos, há benefícios em estar presentes nas ocasiões em que a morte se torna o assunto principal.
O autor de Eclesiastes procurou sentido na vida, e encontrou uma das lições mais importantes na morte. Ele fez um contraste que nos chama a refletir sobre a diferença entre os locais que representam a tristeza e os que oferecem a alegria: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração” (Eclesiastes 7:2). O que aprendemos no velório?
1) Aprendemos a pensar sobre o fim desta vida. É comum fazer de tudo para adiar a morte. Procuramos conselhos médicos sobre alimentação, exercício e vitaminas. Ouvimos orientações sobre segurança no trânsito e no trabalho. Apoiamos esforços para reduzir a poluição do ar que respiramos e da água que bebemos. Não tenho nada contra tais medidas, mas não devemos nos enganar. Apesar de todos os nossos esforços para prolongar a vida, nenhuma pessoa que lê este artigo tem esperança realista de estar viva nesta terra daqui a cem anos. Muitos dos nossos corpos serão colocados em caixões bem antes de acabar este século. Seria tolice negar o inevitável, e pior ainda não se preparar para o fim que nos aguarda.
2) Crescemos em momentos de tristeza. Este autor continua: “Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração” (Eclesiastes 7:3). É bom se divertir com amigos, mas crescemos muito mais quando enfrentamos as dificuldades da vida. Não pensamos em lutar para vencer momentos de felicidade, mas precisamos reunir as nossas forças para superar as ocasiões tristes. Não percebemos o caráter na risada, e sim no choro.
3) Buscamos sabedoria na casa do luto. Fugir do luto ou negar sua mensagem real seria cauterizar a mente para não encarar o inevitável. Aquele que se acha invencível se engana para seu próprio dano. “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria” (Eclesiastes 7:4). O velório não é divertido, mas pode ser bem edificante quando nos mostramos dispostos a aprender suas lições!
4) É melhor terminar do que começar. “Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio; melhor é o paciente do que o arrogante” (Eclesiastes 7:8). Se chegarmos ao fim da vida em comunhão com Deus e com a expectativa de repousar eternamente na sua graça, realmente será melhor do que o começo da vida. Mas há outras aplicações deste princípio. É fácil planejar e projetar, mas nenhum trabalho compensa se não chegar à execução. Prêmios são reservados para aqueles que completam as corridas, diplomas para os alunos que terminam seus cursos, e a coroa da justiça está guardada para os discípulos fieis que completam sua carreira em Cristo (2 Timóteo 4:6-8).
5) Caminhamos para um destino final após a vida aqui. A perspectiva bíblica é linear e não circular. A vida aqui não é um de muitos ciclos num processo de reencarnação, como ensinam algumas religiões. A vida nesta terra encaminha para um destino. O apóstolo Paulo escreveu: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10). Paulo não falou de um efeito cumulativo depois de ocupar diversos corpos, mas de uma vida aqui em um só corpo antes de chegar ao julgamento final.
Seja sábio e aproveite esta vida, sua oportunidade única para se preparar para a eternidade!

–por Dennis Allan

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Frágil? A força do sexo nada frágil.

Leitura Bíblica: Lucas 8.1-3


Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam seguindo Jesus desde a Galileia, para o servir (Mt 27.55).


Sempre me impressiona a capacidade que mulheres têm de negar‑se a si mesmas e de servir a seus semelhantes. Vejo isso em mães, irmãs, professoras, líderes de departamentos de igrejas, esposas, etc., enfim, em mulheres que se dedicam ao bem estar daqueles que lhes estão ao alcance. Pessoas que, em matéria de servir, longe de merecerem ser classificadas como sexo “frágil”, apesar da fragilidade física que possam apresentar, podem ser descritas como verdadeiras guerreiras.

O texto desta meditação, que faz parte dos relatos da crucificação de Jesus, chama nossa atenção para pontos importantes a respeito da atuação dessas heroínas. Ele destaca que havia muitas mulheres acompanhando Jesus naquele momento trágico. Algumas, inclusive, se achegaram tão perto da cruz que ouviram suas últimas palavras (Jo 19.25-27). Mostra ainda que elas não estavam ali por acaso, mas vinham acompanhando o Mestre desde a Galileia, numa viagem difícil e perigosa. E mais, para mim o ponto principal, elas não foram a Jerusalém a passeio ou turismo religioso, para, quem sabe, apreciar as belezas da Cidade Santa. Não, elas estavam lá para servir Jesus em suas necessidades, o que faziam de muitas maneiras, assim como já haviam feito em outras viagens dele, como lemos hoje. Elas estavam dispostas a servi‑lo até mesmo após a sua morte, pois arrumaram forças, não sabemos como, para acompanhar o sepultamento e, ainda, preparar especiarias para ungir o corpo sem vida do Salvador (Lc 23.55-56).

Com certeza, a força do sexo nada frágil se evidencia em mulheres como estas que dedicam suas vidas no serviço a Jesus e ao próximo. Olhemos para elas com gratidão e aprendamos as lições que nos ensinam por meio de suas ações. Acima de tudo, lembremo‑nos que o amor a Jesus e ao próximo demonstrado por elas é um bom exemplo que todos devemos seguir. 

Feliz dia da mulher (08/03), principalmente a esposa do pastor.

Um GRANDE abraço em Cristo Jesus.

   José Ricardo Alcântara Alves.
  Pastor da Igreja Batista da Fe.
           Fortaleza - CE

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Espiritualidade Conteporanida


Na perspectiva do Ver. Ricardo Barbosa de Sousa acredita que é um mau sinal vemos e ouvirmos tanta gente falando e lendo sobre Espiritualidade, pois é um tema ainda não resolvido, e quando falamos de espiritualidade não nos referimos apenas à obra do Espírito Santo, mas também aos movimentos do espírito humano na busca por identidade e significado. Já na perspectiva de Ana Maria Tepedino diz ela que falar de Espiritualidade é expressar através de uma linguagem afetiva uma experiência de relação, de interconexão que proporciona sentido para vida, pois é uma jornada desde nossa interioridade, assim como o espaço para que o amor desabroche. Eu percebo um elo entre as duas posições mesmo que abordem o tema de diferentes aspectos, digo um voltado para teologia sistemática e a outra pra teologia feminista. Fica claro que espiritualidade estar relacionado a sentido da vida a interioridade.    
 Ricardo Barbosa de Sousa afirmar que é um momento impar da historia mundial, especialmente na cultura ocidental, da mesma forma como vários outros momentos revolucionários foram marcante na historia como: hippie, movimentos feministas, a queda do muro de Berlim, etc., assim também o espírito humano protesta contra a opressão que viveu boa a bota do iluminismo. Ana Maria Tepedino percebe que neste final de século, uma palavra parece reunir mulheres e homens de diversas tradições, experiências sociais é a Espiritualidade. Pra mim um completa a idéia do outro, vivemos sim uma revolução contra a ditadura da racionalidade e o espaço de partilha em volta do Tema espiritualidade tem unidos pessoas diversas.  
Ricardo Barbosa de Sousa diz que os benefícios de liberdade da opressão, da ignorância e da superstição, trazidos com a Reforma protestantes tiveram efeitos colaterais também na espiritualidade quando abriu espaço para uma fé racional.  O conhecimento de Deus passou a ser um atributo exclusivo da razão, diferentes dos pais da igreja e dos pais do deserto que definiam conhecimento e relacionamento como inseparáveis. No período pré-moderno também não se ver separação entre conhecimento e relacionamento. O autor cita Gregório, que afirma “amor é conhecimento”, Agostinho, Benedito e outros que não ver divórcio entre teologia e espiritualidade. Aqui eu percebo que Ana Maria Tepedino percebe diferencia o foco de sua abordagem teológica ecofeministaque é, no meu entendimento, relacional e comunitária, se comparando ao discurso de Ricardo Barbosa de Sousa que parece a meu ver, estar mais voltada para um discurso analítico do conhecimento “teologia” e o relacionamento “espiritualidade” propriamente dita, no contexto histórico, embora um discurso não anule o outro, são distinto, mas complementares.  
Ricardo Barbosa de Sousa desenvolve sua temática percebendo que tanto na sociedade como no meio evangélico surgem vários movimentos espirituais, o que traz nesse contexto grandes desafios, de preservar fundamentos e desafio espiritual, que o autor cita o Prof. James Houston, que diz o desafio é a busca uma teologia mais espiritual e espiritualidade mais teológica. Na teologia mais espiritual de ocupar-se com a conversão das emoções e não somente com a conversão das convicções. Julia escrevendo sobre o pensamento de Walter Hilton afirma que tanto a mente como nossos sentimentos precisa caminhar em direção à conversão. Na teologia mais espiritual deve se resgatada a figura do santo e do sábio, ao invés de valorizar apenas o teólogo, requer uma linguagem mais espiritual e menos técnica, mais pessoal, mais integral, também para comunicar o evangelho. Na Espiritualidade Mais Teológica Vai estabelecer limites, definir os contornos e dar base. Reconhecendo o proteste do espírito humano, busca pelo intimo, pelo sagrado, que transcende as narrativas racionais, reconhecendo também que a uma espiritualidade esotérica narcisista, centrada no ser e no bem estar antropológica fundada na psicologia e não teologia deve preencher as lacunas do homem criado a imagem de Deus.  Então necessita de uma espiritualidade 1 – Trinitária: fundamento para espiritualidade cristã bíblica2 – Cristocêntrica o cristão em um processo de crescimento a imagem e semelhança de Cristo; 3 – Comunitária, pois a natureza de Deus é relacional, regenerada em Cristo é igualmente relacional, a pessoa é um ser em comunhão; 4 – Centrada na palavra de Deus, pois a vida espiritual não é um processo de ajuste aos valores sociais dominantes, mas um caminho que envolve crise transformação, onde as tensões entre a Palavra de Deus e o mundo estarão sempre presentes; e 5 – Missionária a igreja não tem sua própria missão, mas, ela participa da missão de Deus. A oração e missão devem caminhar juntas.   Neste mundo mais aperto ao ministério e ciências humanas, a verdade é mis determinada pelo sentimento do que pela lógica da razão, temos novas perguntas diante de nos, e propósito da teologia é de nos tornar sábios para salvação e de dar sentido a vida.  
Ana Maria Tepedino desenvolve seu tema através de uma consciência ecológica, fala de uma nova perspectiva integrada holística, pois abrangem, no seu entendimento, todas as formas de vida e reconhece a interdependência de todo tipo de vida também, essa nova etapa histórica onde os seres humanos tomaram consciência de seu verdadeiro lugar no cosmo, como membros da comunidade planetária em harmonia com tudo. Acredita que as mudanças se darão em um contexto de inclusividade de mutualidade das relações em uma espiritualidade integrada que colabora para que sue supere uma serie de relações más, de dominação de competição de ciúme, de inveja que ela define como fruto do patriarcado.  Aqui eu discordo, como ela mesma disse superação das más relações, não acredito que essas más relações sejam fruto do patriarcado, mas de patriarcas maus intencionados, assim como acredito que mulheres más intencionadas podem fazer mau uso da teologia feminista. Parece-me que aqui se pode dizer, que a opressão patriarcal, ou o mau uso do patriarcalismo, estar gerando uma revolução feminista assim como a revolução contra a racionalidade que Ricardo Barbosa de Sousa fala. Contudo percebo uma tendência de revolução totalmente amigável pacifica que se é construída através do diálogo e do companheirismo então estou de concordo quando Ana Maria Tepedino diz que nessa nova etapa criam-se ambientes para vida crescer e se desenvolver, fontes para poder amar, para ser, para estabelecer novas relações sociais e ecológicas, relações respeitosas e cuidadosas, em um espaço onde mulheres distintas e homem que buscam um mundo novo aberto a relações distintas, aprendem e descobrem novas maneiras de expressar relações com o ministério, diz também que diante do ministério maior que está fora de mim e dentro de mim do qual faço parte, junto com as outras pessoas e seres da natureza, me experimento numa relação de amor mutuo, que possibilita cura, re-criar a natureza para re-criar o mundo, não é fuga é busca de possibilidade para enfrentamento dos problemas e fortalecimento, potencialização e reinterpretação das situações.  
Concluo dizendo que o que nos foi proposto nesta tarefa é um desafio diário, pra vida e pra meu ministério, nesse novo momento da histórica em que a espiritualidade é tema, nos meios sociais e religiosos devo caminha pelo eixo da procura de ter uma teologia espiritual e espiritualidade mais teológica dento de uma perspectiva que incluam todos, como busca a teologia comunitária ecológica feminista, percebi nesta tarefa que ha possibilidades e ha conexões uma complementaridade dos temas, e isso deve seguir em meus sermões e em todos os aspectos de meu ministério na tentativa de influenciar novas possibilidades bem com na comunidade a que pertenço, não com imposições, mas dentro de um dialogo de partilha em grupo.   

Aluno EAD: Herbert Amorim - Tuma: 6 
E-mail: herbert.amorim@hotmail.com