terça-feira, 3 de julho de 2018

Dons Do Espírito

Quero me manifestar, com este artigo, da forma como a minha convenção crer e que acredito. Minha denominação e Igreja de Cristo no Brasil. Você pode conhecer mais sobre ela no link da postagem. "Cremos na vigência do exercício dos Dons Ministeriais, do Dom e Dons do Espírito Santo, tal qual se encontram na Palavra de Deus. Mc 16:17-20; At 2:1-13, 38-39; 10:44-47; Rm 12:3-8; I Co 13 e 14; Ef 4:11." Este ponto doutrinário tem sido palco de divergência entre denominações pentecostais e as tradicionais que divergem quanto a vigência dos dons do Espírito Santo e sua obra na igreja. Para melhor proveito, daremos maior destaque a vigência e atualidade dos dons espirituais,- pensar teológico, denominado de continuísmo,defendido por nossa denominação. Por definição, Cessacionismo é a visão cristã de teólogos reformados e batistas fundamentalistas, geralmente de origem puritana que defendem. o pensamento de que alguns dons do Espírito Santo, notadamente os sobrenaturais, foram úteis apenas para os primórdios da igreja cristã, tendo cessado essa manifestação no período da Igreja Primitiva. 1 Usando as referências biblicas para apoiar a defesa da vergência dos podemos entender que, quando Jesus inaugura a missão da igreja, nos evangelhos, ao comissionar seus discípulos com imperativo do ide, Ele afirmou que os sinais seguirão aos que crerem (Marcos 16:17), estes sinais não viriam dos próprios discípulos, e posterior também não viriam da ação meramente humana da igreja, um evento sobrenatural estava pra acontecer em suas vidas, porque havia a promessa que Ele derramaria o seu Espírito sobre toda a carne, (Joel 2:28), este evento foi precedido por uma ordem: ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lucas 24:49), pois recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (Atos 1:8). E como Jesus prometerá de fato, como toda sua promessa se cumprira, está também se cumpriu, foi nos dias de Pentecoste(Atos 2:1), motivo pelo qual se define como pentecostais as igrejas que experimentaram fatos semelhantes ao dia de pentecoste2, quando de repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. (Atos 2:2-4), e também como a promessa afirmava a consequência deste evento foi o testemunhar, pois naquela ocasião havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. Ouvindo-se este som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna? Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judéia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!" (Atos 2:5-11). Essa promessa nos alcançou, e alcançará a quem assim crer, pois o apostolo Pedro isso nos declara: A promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar". (Atos 2:39), até porque a promessa não se restringe ao Judeus convertido apenas, mas aos gentios também, fato registrado Dr. Lucas ao escrever: Que os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, (Atos 10:45). Então sobre o Continuísmo, podemos definir como cosmovisão teológica cristã acerca da vigência e continuidade dos dons do Espírito Santo e que ainda são repartidos até os dias atuais e estão em uso, até a contemporaneidade, pois são necessários na igreja. O Espírito Santo é o mesmo, o mesmo que agia nos apóstolos e os revestia com carisma sobrenaturais, o mesmo que estava presente durante os tempos do Antigo Testamento e também dotando de virtudes aqueles a quem Deus escolheu especificamente para realizar as suas obras em tempos do Novo Testamento. O continuísmo assim, acredita que o mesmo Espírito ainda age e trabalha na igreja contemporânea3. Para que ocorresse este evento divino, nos dias do Pentecoste, houve um fenômeno espiritual , quando Jesus foi crucificado, nos três dias de seu sepultamento e sua ressurreição a escritura sagradas nos afirma que: Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens". (Que significa "ele subiu", e não que também descera às profundezas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas.) E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, (Efésios 4:8-11). Estes relatos sagrados, escritos nos textos bíblicos citados, são a base para declaramos, que cremos na vigência do exercício dos Dons Ministeriais, do Dom e Dons do Espírito Santo, e que sem esta virtude é impossível fazer a Obra de Deus com sucesso. A descida do Espírito Santo concretizou-se no quinquagésimo dia após a ressurreição de Cristo, e já depois da ascensão de Jesus aos céus. Neste interim foi necessário, não só para confirmação da ressurreição, na mente dos discípulos, e glorificação do Mestre lá nos céus, mas também para criar expectativa do cumprimento da promessa. Estas mesmas verdades nos levam a afirmar que para se cumprir, com excelência a missão sem que esteja revestido pelo Espírito é, afirmar assim, bem como, admitir que é possível realizar a Obra de Deus com intelecto, inteligência e conhecimento meramente humano. E isso é contraditório ao texto: Pois Cristo... me enviou ... para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada Cristo, Sabedoria e Poder de Deus ... Pois está escrito: "Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes". (1 Coríntios 1:17,19). Assim é necessário o Espírito Santo para realizamos a Obra, fazendo que tenhamos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada e com esta graça que nos dá para, e Ele que faz como que se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. (Romanos 12:6-8) Contudo as obras do Espírito Santo, na vida do cristão, nunca serão parâmetro para nivelamento espiritual, nem tão pouco, para a soberba, pois uma vida cheia do Espírito Santo será evidenciada por ações recheada de amor. Assim afirma o apóstolo Paulo: ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. (1 Coríntios 13:1-3.) Enquanto a igreja estiver aqui, militando, haverá a necessidade da Ação e poder do Espírito Santo e sua Obra, missão e testemunho, no cumprimento do ide do Senhor, contudo a Vinda de Cristo e o arrebatamento da igreja caracterizar assim o fim da obra do da igreja, não havendo mais necessidade de sua Ação, pois não será mais militante e assim, será a inauguração do Céu seu triunfo, mas o que permanecerá? O Amor. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. (1 Coríntios 13:8) É interessante esclarecer que nós não deixamos de ser humanos por sermos habitação do Espírito Santo, e todo o conhecimento e poder que Ele concede a um Cristão, agiremos e veremos as coisas terrenas, como humanos, isto é em parte, opaco é imperfeito, como sempre, mas quando Jesus vier não, pois assim esta escrito, quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. (1 Coríntios 13:10-12), estes textos, que acabamos de citar, são uns dos fatores para a discordância, pelos cessacionistas,4 porque nem todas as denominações entende que esse “perfeito”, é Jesus, alguns dizem que é a Bíblia, quando foi copilada o cânon das Escrituras completo, assim entende que como o tempo para o vencimento da vigência dos dons, isto é, eles cessaram. Contudo o Apóstolo Paulo nos motiva no próximo capítulo que sigamos o caminho do amor e, contudo, busquemos com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia. (1 Coríntios 14:1). Os dons sempre terão seu propósito para a edificação da igreja (Efésios 4:12-14), mesmo que edifiquem também aquém o dele é revestido (1 Coríntios 14:4), motivo este é que Paulo motiva a busquemos os dons que edifiquem a igreja, mesmo não desprezando o dom individual: Gostaria que todos vocês falassem em línguas, mas prefiro que profetizem. Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada.1 Coríntios 14:5 queremos fazer um adendo para esclarecer que o maior não é a pessoa quem profetisa, mas a virtude do profetizar. Assim permaneça o amor. Observemos a diferenças entre pentecostalismo e continuismo: Há a necessidade de esclarecer a diferença entre um continuísta e um pentecostal. Não visamos com isso nenhum tipo de censura, mas apenas a melhor compreensão do fenômeno carismático e de sua teologia. Alguns continuístas famosos não estão dentro da tradição pentecostal. Alguns teólogos como Donald A. Carson, John Piper, Wayne Grudem, por exemplo, são de tradição calvinista, e aqui podemos assemelhar a Igreja de Cristo no Brasil, a da doutrina da salvação eterna do crente genuína, e declara que, com esta posição não possuem nenhuma ligação direta com igrejas pentecostais. Citemos: o pentecostalismo clássico: é um continuíssimo acrescentado de outro dom extraordinário: o batismo “no” e batismo “com” o Espírito Santo. Para estes, o primeiro se refere a salvação e o segundo ao revestimento de poder. A pequena diferença da Igreja de Cristo no Brasil para o pentecotalismo clássico é que, utilizamos ambas as expressões: o “batismo no” e o “batismo com” o mesmo significado, qual seja: o dom salvífico e o recebimento dos dons, como o revestimento de poder. Cremos no Dom (salvação) e nos dons do Espírito. (plenitude, enchimento, revestimento). Esse dom, segundo a teologia pentecostal, capacita o crente ao serviço da proclamação (cf. Atos 1.8). Dizem eles que não é um dom melhor nem pior do que os demais, mas difere no propósito. Enquanto os dons gerais estão voltados para dentro da Igreja, o Batismo no Espírito está voltado para fora. A firma que é a Igreja capacitada a agir no mundo, enquanto os demais dons capacitam à igreja na ação comunitária de edificação e consolo, dizem ainda que no pentecostalismo estritamente assembleiano, especialmente baseado em uma teologia lucana diferente (todavia complementar) à teologia paulina, se ensina que esse dom vem acompanhado de um sinal, o falar em línguas. Esse sinal não deve ser confundido com o dom, que é a variedade de línguas, declaração esta não apoiada pela Igreja de Cristo no Brasil, pois não se entende o falar em línguas como a evidencia do revestimento de poder da pelo Esprito Santo, e que pode ser evidenciadapor qualquer dom carismático. Devemos entender que os dons nunca devem nos levar à ações infantis6 na igreja, como ja dissemos, e sim à maturidade, por isso Paulo nos adverte a termos, este cuidado, vejam essa versão de seu Livro:” “Queridos irmãos, não se deixem ficar num nível infantil quanto à compreensão destas coisas. Quando se trata de imaginar o mal, nessa altura sim, convém que sejam como meninos inocentes; mas procurem entender as coisas desta natureza com a inteligência madura de pessoas adultas. 1 Coríntios 14:20. O culto é o espaço espiritual organizado pelos homens, mas inspirado pelo Espirito Santo para edificação da igreja e deve se manifestar a multiforme graça, como estar escrito: 1 Coríntios 14:26 Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja. O Espírito Santo nunca causara desordem ao culto, e sim ordem espiritual, mesmo uma pessoa sendo tomada pela inspiração do Espírito Santo pode se conter, e espera o momento apropriado para a edificação da igreja, pois não esta possuída é sim inspirada, vejamos versículo 32 Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Assim, depois destas considerações bíblicas, afirmamos que a Igreja de Cristo no Brasil ao determinar como ponto inegociável de fé a atualidade dos dons espirituais (sobrenaturais, miraculosos) declara: cremos na vigência do exercício dos Dons Ministeriais, do Dom e Dons do Espírito Santo, tal qual se encontram na Palavra de Deus. “ Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas. 1 Coríntios 14:39 Nossa postura doutrinária quanto a essa matéria concordda com a teologia protestante continuísta renovada, carismática e alguns pontos com continuismo pentecostal clássica. Para nós, um ensinamento deixado pelos apóstolos e uma promessa dos profetas reafirmadas por Jesus nos Evangelhos, e comprovada no Livro de Atos dos apóstolos e vivida pela igreja primitiva, foi também relatadas nas diversas Cartas, fatos estes experimentados por cristãos em missão em todo mundo em diversas épocas, testemunhos registrados em livros históricos atuais, também defendida pelos pioneiros da Igreja de Cristo no Brasil, que fizeram missão cumprindo o Ide do Senhor, estes homens eram simples, humanos, toda via, demonstraram ser cheios do Espírito Santo, e um respeito e conhecimento profundo e apurado da doutrina bíblica. Mais uma vez, a igreja de Cristo no Brasil seleciona com responsabilidade seu fundamento de apoio da doutrina bíblica, destacando-se nessa matéria das demais igrejas evangélicas de linha continuísta. Desde o início afastou-se do desvirtuamento da teologia pentecostal da salvação condicional e, do dispensacionalismo escatológico, enxugando estas doutrinas com muita cautela em sua confissão de fé. De outra face, mesmo crendo na vigência dos dons sobrenaturais do Espírito Santo e com uma notável diversidade litúrgica entre nossas igreja e regiões eclesiástico, felizmente encaramos com muita seriedade a ação miraculosa do Espírito Santo em nossa denominação. Vimos progressiva e historicamente desenvolvendo com bastante equilíbrio a condução de nossa litúrgia e ensino doutrinário sobre o assunto. De um modo geral, temos evitado os excessos comuns dos movimentos pentecostais, da teologia da prosperidade, inclusive às manifestações desenfreadas de inserção sincrética de litúrgias africanistas e indigenistas já tão comuns nas novas igrejas pentecostais, ex: giros, rodopios e uso de objetos e fetiches (copo dágua e etc) comuns nas igrejas dissidentes do movimento pentecostal clássico. Em igual pensamento, temos rejeitado quase que naturalmente a utilização de apetrechos judaizantes e, hierárquias vétero-testamentárias (estolas, “quipás’, “tsitsit”, patriarquismos, festas judáicas adereços do tabernáculo e etc.) inovações comuns às dissidentes de renovações carismásticas e típicas de movimento de inchaço eclesiástico. Nesse assunto, não cedemos ao debate, pois aliadas a nós, estão sérias correntes de teologia continuístas o que reafirma a confiabilidade de nossa reputação de uma Igreja cuja doutrina fundamenta-se firmemente nas Sagradas Escrituras. Salientamos que Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.( 1 Coríntios 14:40.) Pastor Herbert Amorim Pastor da Igreja de Cristo em Eusébio -CE

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