sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

LUTO DA PARTIDA

Quando alguém morre, de nossa família, a dor maior, não é a da ausência, isto é, porque não os veremos mais, e sim a dor que vem por saber que em toda as oportunidades não dissemos eu te amo, assim em todo o processo de luto fica essa dor: A dor de saber que não fui o que eu poderia ter Sido, e não ha mais oportunidade!!!! 
"Não espere pra manhã o que se pode fazer hoje, pois, o amanhã é incerto. 
By Herbert Silva de Amorim

sábado, 6 de dezembro de 2014

Plantando e Colhendo.

Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas". Mateus 7:12

Esses dias refletindo sobre atitude de cobrança que algumas pessoas tomam, como tentativa de causar dano ou inferir pesar no outrem, ao passo que esta atitude ao decorre resulta em dano e pesar na própria pessoa que a toma.
Assim surgiu uma parábola baseado nessa reflexão:

Uma professora, de 9 ano, em sala de aula, chamou a atenção de um aluno por seu comportamento rebelde, excepcional, em certo dia. Este aluno não gostando de ser confrontado pela professora por acreditar que ela não tinha o direito de falar, pois o constrangeu ao repreendê-lo. Com a tentativa de cobra a professora pelo que fizera, passou a reagir como atitude de cobrança: não fazia o exercício; conversar ainda mais com outros alunos desinteressado, que ante os evitava; gazeava e cabulava as aulas; passeava muito quando ia ao banheiro tudo isso na tentativa de causar dano ou inferir pesa a professora, porem ao decorre da continuidade de suas atitudes resultou em dano e pesar a ele próprio, porque foi reprovado em todas as matérias, assim não pode fazer a prova do Enem e nem ingressar na faculdade.

O Reino de Deus, e semelhante a esta parábola, quem tiver ouvidos ouça o que o Espirito diz a igreja.

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.
Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.

Gálatas 6:7-10

Pr. Herbert Amorim

domingo, 14 de setembro de 2014

Amigo estudante cursa uma cadeira de Antropologia e me chamou pra uma pesquisa.

Leia atentamente as respostas relacionada a pesquisa.

Repostas reais de pessoas que passaram a frequentar grupos cristão evangélicos, sem confessarem ser.

Veja o que acontece. Pensei em compartilha pois queria saber: Você se arriscaria?

1. Exploração do campo.

O grupo da pesquisa:
Pessoas de grupo heterogênico de gêneros masculino e feminino, de diversa faixa etária de idade, a exemplo do maternal ao ancião, diversas etnias e de diversas classes sociais, bem como inclui o urbano e rural. 


Como é o comportamento das pessoas? 
Comportamento é religioso, dentro da heterogeneidade do grupo o que se percebe em comum e linguagem simbólica da fé e uma busca pelo comportamento ético cristão. 

Quais os códigos utilizados (roupa, atitude, formas (ou falta de) comunicação, etc.)?
Devido o grupo ser heterogênico vemos códigos visuais diversos, característicos de cada classes, dentro deste universo complexo o que se percebe é a busca pela decência apesar da diversidade, a ausência da imoralidade.  
Na comunicação verbal há enriquecimento do que peculiar do grupo evangélico cristão, expressão dialética, expressões essas de muitos desconhecida e até de certo modo estranha. Exemplo: Lavada pelo sangue, Jesus na Causa, Misericórdia, Maranata.  Estas usadas e empregadas dentro de um dialogo corriqueiro.

Qual é a sua própria sensação neste ambiente?
Um ambiente pacífico-reflexivo que reproduz ao ambiente uma sensação de bem estar, pois a uma busca de espiritualidade e conhecimento de um Deus único, quem em particular não é apenas um ser divino, que não quer ser reverenciado, mas há uma busca de relacionamento com este Deus, que se revelou na historia, e foi particular de um povo pioneiro e que devido a rejeição, deste grupo pioneiro, por quebrar seus paradigmas de anseios,  agora procura se manifestar aquele que lhe procurar.  

2. Observação como participante e tentar fazer o que os outros fazem.

Qual é a sua sensação ao atuar deste modo? 
Ao participar deste grupo e dos seus rituais me fiz atuante, me permiti sem reserva e sem construções de conceitos pré-estabelecido, me desnudei, para experimentar suas propostas, porem com um sentimento de que havia necessidade de comprovação e observação critica. Pude percebe que este meu mergulhar trouxe-me experiência emocional e sentimental, nunca experimentada, ouvir que eu não precisava fazer por mim pra conquistar uma ligação com o sagrado-divino, que um humano-divino construiu uma ponte e que pagou por minhas culpas, isso me trouxe uma sensação de alivio nunca antes experimentado, alivio esse, que sempre era por mim buscado.  

Em que a sinestesia do grupo, ao observar como participando afetou  o seu pensar, a sua visão ao mundo, sua identidade, etc.
Este atuar nos dias de pesquisa me deixou mais reflexivo do meu atuar não somente como um mero espectador, mas um protagonista de mudança, mudança esta, reflexo de mudanças interiores a partir das propostas sugeridas pelo grupo pautada da Bíblia o livro sagrado do grupo. 
Estas mudanças por mim experimentadas saíram do âmbito da emoção e do sentimento pra pratico, trazendo uma preocupação mais apurado com o próximo, como se desejasse que os outros saíssem da condição que eu estava, aquém de minha identidade enquanto ser criado.   

Qual a reação dos outros ao seu atuar? Exercício prático e Pesquisa de Campo.
Bem os outros, os veteranos do grupo, se alegrava com minha entrega e minha participação, se preocupava com minha ausência e me visitava pra que eu não desistisse de estar com eles em sua programação e como se fosse a pratica uma relação holística, isto é, eu era o grupo e o grupo era eu, é como fizéssemos parte um dos outro como um corpo e seus órgãos.  


3. Entrevista e diálogo.

• Conversar com as outras pessoas do grupo.

Tentar descobrir o porquê dessas pessoas estarem neste ambiente e atuarem deste modo.
O que a maioria busca, em suas falas, percebi é um melhoramento enquanto ser, enquanto criatura, um sentido de propósito de existência que não é correspondido por propostas sociais e culturais, como se a maioria antes de atuar como integrantes, deste grupo, dessem-se conta que a vida era muito mais do que se proponhe o Status quo. 

Qual é o objetivo (consciente)?
Uma busca por devoção, moralidade, ética em todas as áreas da vida, uma utopia platônica, ressignificação dos padrões mais elevados, a vida torna-se uma busca paciente por atingi-los, mesmo que não se possa, entretanto é buscado.  

Qual é o significado (inconsciente)?
Necessidade de ser amado por Deus, pelo sagrado, uma negação do egoísmo, e uma exaltação ao amor, uma busca pela simplicidade, desapego ao material e a paz na terra e mudança da depravação e corrupção da humanidade e da natureza. 

Toparia visitar um grupo cristão salvável, isto é bíblico. 

Aluno: Diniz, auxiliar: Herbert Amorim

terça-feira, 8 de julho de 2014

Uma reflexão Sobre solidão,

Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades conforme as suas riquezas na glória em Cristo Jesus.
Filipenses 4:19

Quem é cristão não estar imune a ter pois necessidade, contudo muitas são uma busca de reparo, e são reais, estas necessidades muitas delas conduzem a praticas ilícitas, sabemos que estas necessidades são a mesma de todos que lutam pra não ceder, aos desejos mundanos, que por sua vez gera agustia e solidão, mas a busca de reparo é uma tentativa de reparar as frustrações, carências, não supridas e traumas, da infância.
Porem as necessidade não devem ser suprida por fugas, nem sexualidade e práticas de pornografia, quando vem a falta ou lembranças, vem recordações de praticas passadas,  e quando não houve experiências, vem fantasias, porem deves desassociar a busca pelo reparo, das praticas e pensamentos ilícitas e deve-se preencher por práticas e desejos legitimas. 
Ex: amigos e amizades saudáveis, prazer legítimo, carinho e afeto ingênuo. Lazer e esporte. Arte e musica. 
Bem  na verdade o que se precisa é de relacionamento reparadores e isso quem pode da é a igreja, ou grupos de discipulados e também grupos para eclesiasticísticos. 
Pra isso tem que se ir em frente abrir os braços se lance a eles, sabendo que neste local saudáveis, não vão se aproveitar em abusar dos que a isso buscam.

Herbert Amorim

sábado, 26 de abril de 2014

Deus diz uma palavra nova.

Buscai o Senhor e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença.
(Salmos 105.4)
Quando o rei Josafá ouviu dizer que um enorme exército estava se reunindo para atacar Judá, ele soube o que fazer. Ele precisava se dispor a não buscar o conselho das pessoas, mas a buscar a Deus e ouvir diretamente Dele.
Sem dúvida, Josafá havia estado envolvido em outras batalhas antes daquela, então, por que ele não podia usar os mesmos métodos que havia empregado nas situações anteriores?
Independentemente de quantas vezes alguma coisa funcionou no passado, ela pode não funcionar para resolver uma crise atual a não ser que Deus a unja de novo.
Ele pode ungir um velho método e escolher operar através dele, mas também pode dar uma direção inteiramente nova, instruções que nunca ouvimos antes.
Precisamos sempre confiar em Deus e não nos métodos, fórmula ou maneiras que funcionaram no passado.
O nosso foco, a nossa fonte de força e suprimento, deve ser Deus e Deus somente.
Josafá sabia que a não ser que ouvisse de Deus, ele não iria conseguir.
A Amplified Bible chama essa necessidade de ouvir a voz de Deus de “a sua necessidade vital”. É algo sem o qual ele não podia passar; era vital. Era essencial para sua vida e para sobrevivência do seu povo.
Talvez você esteja em uma situação semelhante à de Josafá. Talvez também precise de uma palavra nova de Deus. Talvez sinta que, como um homem ou mulher que está se afogando, você está afundando pela última vez.
Você pode estar desesperado por uma palavra pessoal de Deus a fim de sobreviver.
Deus quer falar com você ainda mais do que você quer ouvi-lo.
Busque-o dando a Ele o seu tempo e a sua atenção, e você não se decepcionará.
A PALAVRA DE DEUS PARA VOCÊ HOJE: esteja aberto para ouvir uma palavra nova de Deus hoje.

26/04/14 - 12:01
Em: Devocionais Joyce Meyer,

quinta-feira, 24 de abril de 2014

DEUS QUER REVERTER ESSA SITUAÇÃO!

Ezequiel Capítulo 37 Versículos 3,4-9,10.


“E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.”


Hoje Deus esta mandando profetizar!
Profetizar o que e aonde, você deve estar perguntando?
Todos nós temos sonhos e objetivos, mas existem alguns momentos que as barreiras começam a aparecer, as coisas começam a ficar impossíveis, então deixamos de sonhar e de acreditar. É sobre isso que vamos profetizar hoje!

Não sei o que esta sendo difícil para você, o que você tem guardado ai no seu coração, o que esta te sufocando.  Mas eu sei de uma coisa, Deus quer reverter essa situação!

Sabe o que você precisa fazer? Abrir a sua boca e profetizar vida sobre os seus sonhos, sobre você, sobre sua família, sobre tudo aquilo que você quer ver a mão de Deus.

Deus deu a Ezequiel a visão do vale de ossos secos, não existia mais vida ali, não existia mais músculo, nem pele, só existiam ossos secos. Deus perguntou a Ezequiel, eles podem voltar a viver? Ezequiel disse: Só tu sabes Senhor. Então Deus disse: Abra a sua boca e profetiza!

Você quer ver a Glória de Deus sobre a sua vida? Profetiza!

Profetiza e Creia!

Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. (Jeremias 33:3 )

Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? (João 11:40)

Tenha excelentes novos momentos em sua vida!


PALAVRA DO DIA 24/04/2014 -
Por: Michelle Coutinho / BLOG PALAVRA DO DIA




segunda-feira, 14 de abril de 2014

A FESTA DE BABETTE.

Karen Blixen, dinamarquesa de nascimento, casou-se com um barão e passou os anos de 1914-31 administrando uma plantação de café na África Britânica, no Leste (seu livro Out of Africa fala daqueles anos). Depois de um divórcio, ela voltou à Dinamarca e começou a escrever em inglês com o pseudônimo Isak Dinesen. Uma de suas histórias, “A festa de Babette“, tornou-se um clássico respeitado depois de ser transformado em filme na década de 80.
Dinesen situou sua história na Noruega, mas os cineastas dinamarqueses mudaram o local para uma pobre aldeia de pescadores no litoral da Dinamarca, uma localidade de ruas lamacentas e cabanas cobertas de palha. Neste ambiente triste, um ministro de barbas brancas liderava um grupo de crentes de uma austera seita luterana.
Os poucos prazeres mundanos que pudessem tentar um camponês em Norre Vosburg eram condenados por essa seita. Todos usavam roupas pretas. Sua alimentação consistia em bacalhau cozido e uma papa feita de pão escaldado em água enriquecida com um borrifo de cerveja. Aos sábados, o grupo se reunia e cantava hinos a respeito de “Jerusalém, meu lar feliz, nome sempre querido para mim“. Eles haviam direcionado suas bússolas para a Nova Jerusalém, e a vida na terra era apenas tolerada como um meio de chegar lá.
O velho pastor, um viúvo, tinha duas filhas adolescentes: Martine, chamada assim por causa de Martinho Lutero, e Philippa, por causa do discípulo de Lutero, Philip Melanchton. Os habitantes da vila costumavam ir à igreja apenas para deliciar seus olhos olhando para as duas, cuja radiante beleza não podia ser ocultada, apesar dos melhores esforços das duas irmãs.
Martine captou os olhares de um jovem e arrojado oficial da cavalaria. Quando ela, obstinadamente, resistiu às suas investidas — afinal, quem cuidaria de seu velho pai? — ele foi embora para se casar com uma dama de companhia da rainha Sofia.
Além de ser muito bela, Philippa também possuía a voz de um rouxinol. Quando ela cantava a respeito de Jerusalém, visões reluzentes da cidade celestial pareciam surgir. E aconteceu que Philippa conheceu o mais famoso cantor de ópera daquele tempo, o francês Achille Papin, que estava passando uns dias no litoral por causa da saúde. Enquanto caminhava pelos poeirentos caminhos de uma cidade atrasada, Papin ouviu, para sua grande admiração, uma voz digna da Grand Opera de Paris.
Deixe-me ensiná-la a cantar de maneira certa“, ele insistiu com Philippa, “e toda a França vai cair a seus pés. A realeza vai fazer fila para conhecê-la, e você vai andar de carruagem puxada por cavalos para jantar no magnífico Café Anglais “. Lisonjeada, Philippa consentiu em tomar algumas lições, mas apenas algumas. Cantar a respeito do amor fê-la ficar nervosa, a agitação dentro dela a perturbou mais ainda e, quando uma ária de Don Giovanni acabou com ela sendo enlaçada pelos braços de Papin, os lábios dele roçando os seus, ela soube, sem a menor sombra de dúvida, que estes novos prazeres tinham de ser abandonados. Seu pai escreveu um bilhete desisitindo de todas as futuras lições, e Achille Papin voltou a Paris, tão triste como se tivesse perdido um bilhete de loteria premiado.
Passaram-se quinze anos, e muita coisa mudou na vila. As duas irmãs, agora solteironas de meia-idade, tentaram continuar com a missão do falecido pai, mas, sem a sua séria liderança, a seita estilhaçou-se. Um irmão tinha queixas de outro por causa de algum negócio. Espalharam-se boatos de que havia um caso de sexo ilícito há trinta e dois anos envolvendo duas pessoas da comunidade. Duas velhas senhoras não se falavam há uma década. Embora a seita ainda se reunisse aos domingos e cantasse velhos hinos, apenas um punhado de pessoas se davam ao trabalho de ir, e a música havia perdido o seu entusiasmo. Apesar de todos esses problemas, as duas filhas do ministro continuaram fiéis, organizando os cultos e escaldando pão para os anciãos desdentados da vila.
Uma noite, chuvosa demais para que alguém se aventurasse pelas ruas lamacentas, as irmãs ouviram fortes batidas na porta. Quando a abriram, uma mulher caiu desmaiada. Elas a reanimaram e descobriram que não falava dinamarquês. Ela lhes entregou uma carta de Achille Papin. Ao ver aquele nome Philippa enrubesceu, e sua mão tremia enquanto ela lia a carta de apresentação. O nome da mulher era Babette. Ela havia perdido o marido e filho durante a guerra civil na França. Com a vida em perigo, tivera de fugir, e Papin lhe arranjara uma passagem em um navio com esperança de que essa aldeia lhe demonstrasse misericórdia. “Babette sabe cozinhar“, dizia a carta.
As irmãs não tinham dinheiro para pagar Babette e, antes de mais nada, não sabiam se deviam ter uma empregada. Desconfiaram de sua arte — os franceses não comiam cavalos e rãs? Mas, por meio de gestos e rogos, Babette amoleceu o coração delas. Ela poderia fazer alguns serviços em troca de quarto e comida.
Durante os doze anos seguintes Babette trabalhou para as irmãs. A primeira vez que Martine mostrou-lhe como cortar um bacalhau e cozinhar a papa, as sobrancelhas de Babette se elevaram e o seu nariz enrugou um pouco, mas nunca questionou suas tarefas. Ela alimentava os pobres na cidade e assumiu todas as tarefas domésticas. Até ajudava nos cultos de domingo. Todos tinham de concordar que Babette trouxe nova vida à estagnada comunidade.
Uma vez que Babette nunca se referia ao seu passado na França, foi uma grande surpresa para Martine e Philippa quando, um dia, depois de doze anos, ela recebeu a primeira carta. Babette a leu, viu as irmãs de olhos arregalados e anunciou de maneira natural que uma coisa maravilhosa lhe havia acontecido. Todos os anos um amigo em Paris renovava o número de Babette na loteria francesa. Nesse ano, o seu bilhete fora premiado. Dez mil francos!
As irmãs apertaram a mão de Babette, parabenizando-a, mas lá no fundo seus corações desfaleceram. Sabiam que logo ela iria embora.
A sorte grande de Babette na loteria coincidiu com o momento em que as irmãs estavam discutindo sobre a celebração de uma festa em homenagem ao centenário do nascimento de seu pai. Babette lhes fez um pedido. Disse que em doze anos nunca lhes pedira nada. Elas assentiram. “Agora, porém, tenho um pedido: Gostaria de preparar uma refeição para o culto de aniversário. Quero cozinhar uma verdadeira refeição francesa“.
Embora as irmãs tivessem sérias dúvidas a respeito desse plano, Babette, sem nenhuma sombra de dúvida, estava certa de que nunca havia pedido nenhum favor em doze anos. Que escolha elas tinham a não ser concordar?
Quando o dinheiro chegou da França, Babette fez uma rápida viagem para providenciar os arranjos para o jantar. Nas semanas que se seguiram à sua volta, os habitantes de Norre Vosburg foram surpreendidos com a visão de vários barcos ancorados descarregando provisões para a cozinha de Babette. Trabalhadores empurravam carrinhos de mão cheios de gaiolas com pequenas aves. Caixas de champanhe — champagne! — e vinho logo se seguiram. A cabeça inteira de uma vaca, vegetais frescos, trufas, faisões, presunto, estranhas criaturas que viviam no mar, uma imensa tartaruga ainda viva mexendo a cabeça como a de uma cobra de um lado para o outro — tudo isso acabava na cozinha das irmãs agora firmemente dirigida por Babette.
Martine e Philippa, alarmadas com os preparativos que mais pareciam de bruxa, explicavam a embaraçosa situação aos membros da seita, agora apenas onze pessoas, velhas e grisalhas. Todas manifestavam simpatia com elas. Depois de alguma discussão concordaram em comer a refeição francesa, refreando os comentários para que Babette não entendesse mal. Línguas haviam sido feitas para louvor e ação de graças, e não para satisfazer gostos exóticos.
Nevava no dia 15 de dezembro, o dia do jantar, iluminando a aldeia obscura com um brilho branco. As irmãs ficaram satisfeitas ao saber que um hóspede inesperado se juntaria a elas: a senhora Loewenhielm, de noventa anos de idade, estaria acompanhada de seu sobrinho, o oficial de cavalaria que havia cortejado Martine tempos atrás, e agora era general no palácio real.
Babette havia conseguido emprestadas louças e cristais suficientes, e havia enfeitado o recinto com velas e coníferas. A mesa estava linda. Quando a refeição começou todos os habitantes da aldeia se lembraram de seu pacto e ficaram mudos, como tartarugas ao redor de um lago. Apenas o general comentou a comida e a bebida. “Amontillado!“, ele exclamou quando levantou o primeiro copo. “É o mais fino Amontillado que já provei.” Quando experimentou a primeira colherada de sopa, o general poderia jurar que era sopa de tartaruga, mas como se acharia tal coisa no litoral da Jutlândia?
Incrível!“, disse o general quando experimentou o próximo prato. “É Blinis Demidoff!” . Todos os outros convivas, as faces franzidas por profundas rugas, estavam comendo as mesmas delicadezas raras sem nenhuma expressão ou comentários. Quando o general entusiasmado elogiou o champanhe, um Veuve Cliquot 1860, Babette ordenou ao seu ajudante de cozinha que mantivesse o copo do general cheio o tempo todo. Apenas ele parecia apreciar o que estava diante dele.
Embora ninguém mais falasse a respeito da comida ou da bebida, gradualmente o banquete operou um efeito mágico sobre os habitantes da aldeia. O seu sangue esquentou. Suas línguas se soltaram. Eles falaram dos velhos dias quando o pastor estava vivo e do Natal em que a baía congelou. O irmão que havia enganado o outro nos negócios finalmente confessou, e as duas mulheres que tinham uma rixa acabaram conversando. Uma mulher arrotou, e o irmão ao seu lado disse sem pensar: “Aleluia!”.
O general, entretanto, não conseguia falar de nada além da comida. Quando o ajudante da cozinha trouxe o coup de grâce, codornizes preparadas em Sarcophage, o general exclamou que vira tal prato apenas em um lugar na Europa, no famoso Café Anglais em Paris, o restaurante que já fora célebre por ter uma mulher como chefe-de-cozinha.
Cheio de vinho, o apetite satisfeito, incapaz de se conter, o general levantou-se para fazer um discurso. “A misericórdia e a verdade, meus amigos, se encontraram“, ele começou. “A justiça e a bem-aventurança se beijaram.” E, então, o general fez uma pausa, “pois — conforme comenta Isak Dinesen — ele tinha o hábito de fazer os seus discursos com cuidado, consciente do seu propósito, mas aqui, no meio da simples congregação do pastor, foi como se toda a figura do General Loewenhielm, com seu peito coberto de condecorações, fosse porta-voz de uma mensagem que tinha de ser transmitida“. A mensagem do general era graça.
Embora os irmãos e as irmãs da seita não compreendessem totalmente o discurso do general, naquele momento “as vãs ilusões desta terra se dissolveram diante de seus olhos como fumaça, e eles viram o universo como ele realmente era“. O pequeno grupo se desfez e saiu para uma cidade coberta de neve brilhante sob um céu recoberto de estrelas.
A “Festa de Babette” termina com duas cenas. Lá fora, os velhos se dão as mãos ao redor da fonte e cantam entusiasmados os velhos hinos da fé. É uma cena de comunhão: a festa de Babette abriu o portão e a graça entrou silenciosamente. Eles sentiram, acrescenta Isak Dinesen, “como se realmente tivessem os seus pecados lavados e tornados brancos como a lã, e nessas vestes inocentes recuperadas faziam brincadeiras como cordeirinhos travessos“.
A cena final acontece lá dentro, na bagunça de uma cozinha cheia até o teto de louça para lavar, panelas engorduradas, conchas, carapaças, ossos cartilaginosos, engradados quebrados, cascas de vegetais e garrafas vazias. Babette senta-se no meio da bagunça, parecendo tão desgastada quanto na noite em que chegara doze anos antes. Subitamente, as irmãs percebem que, de acordo com o seu voto, ninguém havia falado com Babette a respeito do jantar.
— Foi um jantar e tanto, Babette — Martine diz para começar. Babette parece distante. Depois de um minuto ela responde: — Eu era a cozinheira do Café Anglais.
—Todos nós vamos-nos lembrar desta noite quando você tiver voltado para Paris, Babette — Martine acrescenta, como se não a tivesse ouvido.
Babette lhes diz que não vai voltar para Paris. Todos os seus amigos e parentes ali foram mortos ou feitos prisioneiros. E, naturalmente, seria muito caro voltar para Paris.
— Mas e os dez mil francos? — as irmãs perguntam.
Então Babette deixa cair a bomba. Ela havia gasto tudo, cada franco dos dez mil que ganhara, na comida que haviam acabado de devorar. — Não se assustem — ela lhes diz. — É isso que um jantar adequado para doze custa no Café Anglais.
No discurso do general, Isak Dinesen não deixa dúvidas de que ela escreveu “A Festa de Babette” não apenas como uma história a respeito de uma excelente refeição, mas como uma parábola da graça: um presente que custa tudo para o doador e nada para o que recebeu. Isto é o que o General Loewenhielm disse aos carrancudos paroquianos reunidos ao redor da mesa de Babette:
Todos nós fomos informados de que a graça deve ser buscada no universo. Mas em nossa loucura humana e nossa visão reduzida imaginamos que a graça divina seja finita… Porém, chega o momento em que nossos olhos são abertos, e vemos e entendemos que a graça é infinita. A graça, meus amigos, não exige nada de nós a não ser que a aguardemos com confiança e a reconheçamos com gratidão.
Doze anos antes, Babette aparecera entre aquelas pessoas desprovidas de graça. Discípulas de Lutero, ouviam sermões a respeito da graça quase todos os domingos e no restante da semana tentavam obter o favor de Deus com a sua piedade e renúncia. A graça veio a elas na forma de uma festa, a festa de Babette, uma refeição desperdiçando uma vida inteira sobre aqueles que não a haviam merecido, que mal possuíam a faculdade de recebê-la. A graça veio como sempre vem: livre de pagamento, sem cordas amarradas, como oferta da casa.
Philip Yancey, em Maravihosa Graça.

Fonte: http://pedradeajuda.wordpress.com/2008/07/31/a-festa-de-babette-uma-historia/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Homem imagem de Deus.

 Em Cristo somos Restaurado, a imagem de Deus, nossa identidade, não a imagem de homem, isto é Adão, pois ele é a primeira pintura, da imagem de Deus, contudo Jesus é a cor original, a própria cor da imagem.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Gênesis 1:27
Jesus é  homem, e para ser homem, embora sendo Deus, teve que nascer de uma mulher, mulher descendente de Adão, imagem de Deus, não há problema ser homem, o ser original, não digo o pecador, o caído, o problema do homem é querer ser Deus, descrendo que era sua imagem, como diz gênesis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
Gênesis 3:5
Satanás convence-os que que tinham desvantagem, sendo humanos.
Depois que Adão peca gera filhos a sua imagem não a imagem de Deus. diz gêneses.
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
Gênesis 5:3
Jesus vei pra provar que o homem, mesmo que frágil, pode ser obediente, que o problema do pecado não foi a fragilidade humana, mas a soberba da síndrome de ser Deus.  
Parafraseando o apóstolo Paulo no que diz a respeito de Cristo Senhor: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus. Que majestade! No entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-Se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-Se, identificado como homem (Fl 2,6s). Como Cristo Se humilhou! Cristo humilhou-Se. Eis portanto, cristão, aquilo que está à tua disposição. Tornando-Se obediente (v. 8): então por que és orgulhoso? [...] Em seguida, depois de ter ido até ao fim do Seu rebaixamento e de ter derrubado a morte, Cristo subiu ao céu: sigamo-Lo.
Herbert Amorim

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Alguém falou de cura gay.

Se é cura, não é ato humano.
Feliciano apenas falou do que ele crer, contudo a homoafetividade não é doença, é comportamento, isto é, uma busca reparativa por falta de afeto não recebido, e/ou falsas leituras infantis do caráter dos pais, na tenra infância, que podem ter sidos fatores preponderantes de vulnerabilidade para fenômenos traumáticos causados por abusos morais, fisios, emocionais e psicológicos por entes ou pessoas próximas a família. 

como comportamento pode ser reversível trabalhando-se a compreensão dos fenômenos, e a recusa da aceitação de que essa condição é perpetua.
Mesmo que estas compreensão e a recusa não vem influenciado pela fé.
Partido da aceitação dos preceitos bíblicos em grupo de discussão, promovido por pessoas que viveram o comportamento e outros que devotam encontrar respostas. Atrelando a uma reflexão baseado em conhecimento extraído do trabalho de apoio a quem luta, com decisão de recursar, realizado a 6 anos, unido ao estudos e conhecimento cientifico de desenvolvimento da personalidade e uma forte reflexão do complexo de édipo, faço essa afirmação.
Herbert Amorim

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O CIO NO DESERTO DO DESEJO

Você já viu uma dromedária? É um animal parecido com a fêmea do camelo.
Certamente não faz parte da nossa paisagem tropical.
Mas, é usando a imagem deste bicho que o profeta Jeremias, em sua fértil teologia animalesca, fala-nos sobre as peripécias violentas do desejo.
Não condeno o ato de desejar em si, assim como não rejeito o fogo, apesar de reconhecer nele o poder de queimar-me.
Alguém já disse que estas coisas são excelentes servos e péssimos senhores.
Creio que o desejo, apesar de ser, potencialmente, abençoador, agasalha em seu íntimo um anelo por assenhorar-se da vida de seu hospedeiro. Isso é muito claro no cotidiano relacional de quem vive na constante busca por aplacar os intensos anseios por intimidade.
Na internet nada superar, em número de sites, as paginas de pornografia e de relacionamento. Aquela disponibiliza a intimidade artificial - onde todos tiram a roupa, sem nunca desnudar o que realmente importa - e, o último, oferece uma via - as vezes legitima, as vezes, duvidosa - para travarmos comunicação e intimidades diversas.
Muitos usam e são usados nesses contextos, sob a égide da "sensualidade de inseto", fazendo aqui alusão a um conceito do autor russo Dostoiévski (no livro Os irmãos Karamazov).
Uma sensualidade mesquinha, invasiva, egocêntrica, usurpadora que busca apenas um divertimento qualquer, sem importar a lama moral na qual se mergulha.
É um vida parasitária, onde sugamos do outro o que for necessário para dar algum sentido a nossa desregrada existência
Porém, voltemos a "dromedrária nova de pés ligeiros" de Jeremias (Jr 2.23).
Ela nos é apresentada no "cio".
Sim! A mensagem profética era comparar Israel a um animal imaturo e afobado durante seu período de máxima excitação sexual (cio).
E, pra ficar mais dramático, Jeremias afirmou que o povo, em ensandecida selvageria erótica-idolatra, corria em zigue-zague atrás dos seus "amantes" (ídolos).
Promovendo, desta forma, um "zoológico" dos prazeres, no qual todo sentido de dignidade, fidelidade e pureza pretendido por Deus havia sido categoricamente rejeitados, como uma virgem se esquece de seus adornos (Jr 2.32).
Este é o fato mais importante pra entendermos nossa devassidão sexual: nos esquecemos do Noivo.
Se não começarmos por aí, dificilmente, alcançaremos mudanças significativas em nosso tempestuoso mundo interior dos desejos.
Fomos criados para desejar algo que no mundo não está - e, a partir daí desejar o que aqui nos será dado.
Caso contrário, seremos loucas dromedárias sedentas ziguezagueando no deserto da intimidade nula, predatória e incapaz de nos saciar.

David Riker - Ministério SER - Sexualidade & Restauração