sexta-feira, 4 de maio de 2012

O que a igreja pode fazer para ajudar a juventude enfrentar a secularização?

Bem, a resposta bem pratica é contextualizar o evangelho, conhecendo o contexto atual em que vivemos, não podemos continuar querendo endeusar uma forma de liturgia obsoleta e descontextualizada, e que muita vezes pensamos que é a única forma em que Deus opera, parecem que não lembram, as lideranças, que Deus é Fiel, mas não é previsível. 
Cometeremos o erro que os católicos têm cometido a séculos? Santificaram sua liturgia, o que tem, em muito, contribuído, também, para o avanço da igreja Evangélica no Brasil.
Vamos observar que o estudo de Regina Novaes, Os jovens "sem religião", nos clareia: O que temos escrito como Igreja Evangélica para atrair a juventude dos sem igreja? E como Igreja, o que temos procurado conhecer dessa parcela da população? Que é um grupo em potencial para o Evangelho. 
Fiquei muito abismado em saber que 35 mil respostas foram dadas sobre variedade de Fé, quando perguntados: Qual sua religião? Fenômeno classificado com Ventos Secularizantes.
Também que temos atingido com o Evangelho, na maioria são jovens, e porque só a juventude tem evangelizado? Ou porque os mais velhos não tem mais laços de amizade com descrente, e assim, não ganham os mais velhos? E comum crentes velhos só terem crentes no seu rol de relacionamento, é sal no saleiro. 
Entre jovem mais favorecidos socialmente, em escolaridade e mais velhos, estão também os ateus e agnósticos, ao lado dos crentes não pentecostais, por quê?
E porque entre os jovens pentecostais estão os de menor classificação social e de escolaridade, em termos de renda estão quantitativamente juntos aos adeptos das religiões afro-brasileiras? 
A pesquisa deixa bem claro que os que se declaram, sem religião, porem têm fé, é um numero crescente e se estabelecem em todo território brasileiro. Caracteriza um desafio para toda a igreja no Brasil. Esse fenômeno  vem crescendo desde 1940 atingindo 54% nos anos de 1990, e que em nenhuma outra época houve tantos jovens se definindo como "sem religião". 
Isso pra mim é um alerta, pois nos inclui, fica a pergunta: O que estamos transmitindo como religião Cristã? Querem o Cristo, mas não querem a religião do Cristo e/ou dos cristãos!  
Como nos contextualizar nesse cenário, será se temos sido, o que os missionários, europeus e americanos, foram para os pioneiros no evangelho brasileiro, isto é, foram retransmissores de uma tradição alienígena, focalizando e reproduzindo efeitos mortais, ao invés de crescer e difundir a vida do evangelho,de Julio Zabatiero?
Ateus, sem religião e agnósticos, podemos alcançá-los, pois os mesmo disseram que a fé e/ou temor a Deus é algo a valorizar.
Os sem religião procuram igualdade de oportunidades enquanto os ateus enfatizam o meio ambiente.  
Áreas que o Senhor nos chama também a atuar.  
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 1 Coríntios 13:5-6 e em Romanos 8:19 “Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus.
Gosto da frustração da escritora quando pergunta: Já não se fazem ateus como antigamente? Parece-me um caminho para o evangelismo contextual.
O que parece e que esses jovens estão clamando por uma resposta, pois estão sendo chamados a fazerem suas escolhas, em uma sociedade cada vez mais plural em suas religiões.  Movimento classificado como espírito da época
Estão sendo influenciados por amigos e agentes religiosos, não mais pelos pais e/ou família. 
A pesquisadora aponta o pentecostalismo como inibidor e adversário das religiões mediúnicas.
Fator que pode apontar aumento da porcentagem dos "sem religião", mas são sincretista. Pois os jovens se auto-classificam como tal, afirmam acreditar praticamente em todos os itens do elenco oferecido: "energia", astrologia, orixás, duendes e gnomos.
O mundo tem mudado, e a igreja na pregação contextual do Evangelho?
Toda a metamorfose do mundo, o novo paradigma da pós-modernidade, fica bem claro que o contexto cultural mudou, vou usar as palavra da escritora: "o medo de sobrar", a insegurança para planejar o futuro profissional e a experiência de vivenciar precocemente a morte de amigos, primos e irmãos resultem, direta e necessariamente, em reforço de valores religiosos, busca de fé ou valorização da religião como locus de agregação social.
Aqui temos vastos temas para escrever literatura e planejarmos estratégias e aplicação do Evangelho vivo e eficaz!
Ainda citando a escritora: Para ter acesso à Bíblia, os jovens brasileiros de hoje não precisam desconsiderar a autoridade dos padres ou pastores, nem precisam a eles se submeter. A Bíblia pode ser comprada em qualquer esquina e seus versículos são cantados nas letras de rap e aparecem escritos em outdoors no centro das cidades, nos muros das favelas e periferias.
Pensando no que a Igreja pode fazer para ajudar a juventude enfrentar a secularização, aprendo com um homem antigo, Paulo, em suas habilidosas artes de contextualização:  Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.     Atos 17:23
Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais.E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.
Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele. 
1 Coríntios 9:19-23 

Herbert Amorim. 

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