segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Adorador por excelência ou por audiência?

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." - João 4:23,24


O dicionário define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a; reverenciar, venerar.
As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se, prostrar-se, como em Êxodo 20:5.
As palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica, como em Mateus 4:10 e João 4:24.
Adoração então é uma atitude de extremo respeito que se expressa com ações singulares de reverência e culto. Mas estamos cada vez mais distantes dessa definição de adoração.
O “onde estiver dois ou três reunidos em meu nome ali estarei” não significa mais nada para muitos, a não ser que sejam dois ou três milhões de pessoas. Muitos púlpitos das igrejas evangélicas viraram palcos onde não só a música mais também a palavra são apresentadas não como vida, libertação, poder de Deus e sim como um negocio lucrativo.
Isso tem despertado, em alguns casos, inconscientemente o desejo de notoriedade nas pessoas, esquecendo-se do verdadeiro significado da adoração. Nos dias de hoje vemos conflitos nas igrejas por culpa de cinco minutos de participação musical ou meia hora para uma palavra e o fato, já tão repedido, de que a adoração é um estilo de vida fica sem sentido ao vermos pessoas frustradas, magoadas por não ter recebido a oportunidade nos cultos para “adorar”, mas a verdade é que não existe tempo nem lugar para adorar a Deus como está escrito em Salmo 34:1 “Louvarei ao Senhor em todo o tempo o seu louvor estará continuamente na minha boca”.
Muitas vezes vamos contra ao que Jesus ensinou com o seu próprio exemplo. Ele não ia onde tinha multidão, pelo contrário a multidão que sempre ia onde Ele estava, mas isso não alterava sua forma de apresentação assim como ele era com doze era com doze mil. Nem por isso Ele se exaltou, ao invés disso se colocou na forma de servo como podemos vê em Filipenses 2:5-7: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.
E assim como Paulo falou aos filipenses “que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus...” eu também falo para nós: “que haja em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo”.
Podemos começar hoje mesmo as mudanças necessária para sermos adoradores por excelência e em Romanos 12:1, temos uma ótima dica para começarmos. “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
Há vários elementos necessários à verdadeira Adoração:
1. Disposição para enfrentar o próprio “eu”;
2. Confissão e arrependimento de pecados;
3. Um despertamento íntimo, que crie o desejo de buscar a Deus;
4. A convicção de que a própria vida tem sede de adoração a Deus, isso, produto de uma profunda insatisfação pelo tipo de vida que a omite;
5. Entrega total, para que sejam renovados o espírito, a alma e o próprio corpo;
6. Buscar a comunhão, ter uma relação mais íntima com Deus;
7. Ter um altar santificado para oferecer sacrifícios e ofertas que sejam agradáveis a Deus;
8. Estar junto com outras pessoas que têm o mesmo desejo, adorar, verdadeiramente, a Deus;
9. Orar e louvar.

Encerro utilizando as palavras de Paulo: “Que diminua eu, mas Cristo viva em mim”!

Amém!

Para refletir

Se você serve para ser adorado, você não serve para adorar!

Daniel Sousaf

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